Doses diárias de Sol – nos horários certos e com os devidos cuidados

Assista ao vídeo:  Vitamina D – Sem Censura – Dr. Cícero Galli Coimbra e Daniel Cunha

“Mulheres com baixos níveis de vitamina D dificilmente engravidam, e quando engravidam, abortam no primeiro trimestre da gestação. Caso levem a gestação adiante, o bebê pode nascer com malformações congênitas.”

“Vitamina D: Produzido há pelo menos 750 milhões de anos, esse hormônio pode ser sintetizado não só pelos seres humanos, mas também por diversos organismos, inclusive os do fitoplâncton e zooplâncton, e outros animais que se expõem à luz.”

 

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Nunca levamos a sério o termo “vitaminada”, usado durante muito tempo para definir uma pessoa forte, atraente, saudável. Pois deveríamos levar, principalmente se o sujeito em questão for alguém em dia com a vitamina D, uma substância que controla 229 genes de todas as células humanas. Mas o valor desse hormônio, considerado hoje em dia um dos mais importantes para a saúde humana, só foi descoberto em 2010. Sem vitamina D, a pessoa está sujeita a desenvolver uma lista enorme de doenças neurodegenerativas e autoimunitárias, como ParkinsonAlzheimer, esclerose múltipla, lupus, miastenia gravis, artrite reumatoide, psoríase e diabetes do tipo 1.

O neurologista Cícero Galli Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), remete às 32 mil publicações que relacionam a deficiência de vitamina D ao alto risco de câncer; das mais de 20 mil que associam o nível baixo ao diabetes; e das 17 mil que associam o mesmo déficit à hipertensão. “Mulheres com baixos níveis de vitamina D dificilmente engravidam, e quando engravidam, abortam no primeiro trimestre da gestação. Caso levem a gestação adiante, o bebê pode nascer com malformações congênitas.”

Produzido há pelo menos 750 milhões de anos, esse hormônio pode ser sintetizado não só pelos seres humanos, mas também por diversos organismos, inclusive os do fitoplâncton e zooplâncton, e outros animais que se expõem à luz. A vitamina D é mensurada em International Units (IU), o que corresponde na língua portuguesa a Unidades Internacionais. A exposição ao sol de partes do corpo, como braços e pernas, por 20 minutos, garante a produção de aproximadamente 10 mil UI. É quase impossível obter a mesma    quantidade por meio da alimentação, pois a produção de 10 mil UI exigiria cerca de  100 copos de leite por dia.

Segundo Coimbra, a vitamina D não pode ser considerada pelo fator nutricional porque a ciência tem demonstrado que a pele humana, exposta ao sol, se transforma em uma glândula endócrina, produtora do hormônio. A ideia de desenvolver um quadro de hipervitaminose ou envenenamento por vitamina D, que pode desencadear sintomas tóxicos, é pouco provável. Conforme o neurologista, existe desinformação generalizada não só entre a população geral, mas também na classe médica.

Confinamento

“Durante centenas de milhares de anos, o homem tem vivido com o sol; nossos ancestrais viveram mais frequentemente ao ar livre do que em ambientes fechados. Desenvolvemos dependência pela luz do sol para a saúde e a vida, de modo que a ideia de que a luz solar é perigosa não faz sentido.  Como poderíamos ter evoluído e sobrevivido como espécie, se fôssemos tão vulneráveis a algo a que o ser humano tem sido exposto constantemente ao longo de toda a sua existência?”, indaga Frank Lipman, clínico geral e especialista reconhecido internacionalmente nos campos da Medicina Integrativa e Funcional.

Na mesma linha, Coimbra aponta o estilo de vida contemporâneo como o principal vilão da deficiência de vitamina D no organismo. Na sua opinião, as pessoas passam a frequentar os shopping centers em vez de ir aos parques. Saem de seus apartamentos, tomam o elevador que já dá acesso à garagem, entram em seus automóveis e chegam ao seu destino. Outra vez, garagem, elevador, local de trabalho. Ele diz que isso nunca  aconteceu na história da humanidade. Hoje, uma pessoa é capaz de passar um ano inteiro de sua vida, sem expor uma nesga de sua pele ao sol. Vive de um ambiente confinado para outro.

Nesse ritmo, no período do inverno, 77% da população paulistana está com nível baixo de vitamina D, o que melhora no verão, quando o índice cai para 39%. Enquanto isso, na Europa, a cada ano há 6% a mais de crianças com diabetes infanto-juvenil. Seduzidas pelas diversões eletrônicas, elas abandonam cada vez mais as atividades ao ar livre. “Os pais ficam satisfeitos porque elas estão longe da violência urbana, mas não percebem  que os filhos estão se transformando em diabéticos pelo resto da vida”, reforça o neurologista.

Em contrapartida, as pessoas idosas também fazem parte de um dos grupos mais suscetíveis à deficiência desse hormônio. Por exemplo, a  aposentadoria reduz suas saídas à rua, isso resulta em uma menor exposição solar. A pele dos idosos tem apenas 25% da capacidade de produzir vitamina D em relação a uma pessoa jovem de 20 anos. Ou seja, eles precisam de quatro vezes mais de exposição solar para produzir a mesma  quantidade de vitamina D, conforme Coimbra.

Outro agravante, as pessoas bloqueiam a radiação ultravioleta B, que auxilia na produção da “vitamina”, quando se lambuzam com protetores solares. Para se ter ideia, o fator de proteção solar número 8 diminui em 90% a produção de vitamina D. Já o fator 15 diminui em 99%, ou seja, praticamente zera a produção de vitamina D.

Horário ideal

No reino animal, lagartos adoram tomar sol. E por uma razão muito simples, eles não são capazes de aquecer seus corpos sozinhos, sem a ajuda do ambiente externo. Enquanto isso, os seres humanos, para manter a temperatura ou para se aquecer, necessitam de agasalhos. A conclusão é: o mesmo Sol que aquece esses animais nos ajuda a produzir a vitamina D. Portanto, se ele nos traz esse benefício, não há motivo para temer os raios solares!

Segundo o neurologista, o horário ideal para tomar sol, o momento em que a radiação ultravioleta é mais positiva para produzir vitamina D, é aquele quando a sombra tem a mesma extensão que a estatura da pessoa. Atualmente, isso ocorre pela manhã entre 8h30 e 9 horas. O ideal é aguardar meia hora para passar o protetor solar, porque após esse tempo, com ou sem protetor, a criança e o adulto não vão mais produzir vitamina D.

O mesmo vale para quem optar pela exposição vespertina. No final da tarde, quando a sombra tiver a mesma extensão da estatura da pessoa, os raios solares voltam a ter a mesma qualidade benéfica para produzir vitamina D. “Ao meio-dia, o sol está a pino e a sombra não existe. O indivíduo não produz vitamina D, só câncer de pele”, alerta Coimbra.

Influência

Nos dias atuais, a Internet é um campo fértil para se manter informado sobre este assunto, embora não esteja à disposição de todos. Há centenas de artigos a respeito, mas, infelizmente, muitos deles estão disponíveis somente em inglês. É o caso do texto do neuropsiquiatra John Cannell (http://goo.gl/LlQOK). Ele acusa pesquisadores da indústria farmacêutica norte-americana de estarem tentando alterar a molécula da vitamina D, para transformá-la em uma substância  patenteável, ou seja, em remédio. A influência deles é tamanha, a ponto de se manterem unidos em comitês que “aconselham” o governo dos Estados Unidos a estabelecer a dose recomendável, entre 200 e no máximo 400 unidades por dia, bem aquém do necessário.

Além de prescrever doses mínimas, a maioria dos médicos sequer solicita dosagem da vitamina D no sangue. Coimbra ressalta que muitos  especialistas, que acompanham pacientes com osteoporose e recomendam essa quantidade de suplementação, ficariam surpresos ao constatar o quão baixo é o nível dessa substância no sangue.

Cannell denuncia exatamente isso. “Só deixando a pele dos braços e das pernas expostas, uma pessoa de pele clara e jovem produz 10 mil unidades de vitamina D. Essa quantidade é 50 vezes maior do que aquela colocada à disposição do público como suplemento de vitamina D, com o título da dose recomendada. Caso fosse prescrito metade disso (5 mil) para toda a população adulta, haveria redução em 40% da ocorrência de novos casos de câncer. Isso representaria para a indústria farmacêutica uma perda de 40% de uma receita de trilhões de dólares”, completa.

Saiba Mais:

Natural News
www.naturalnews.com

Vitamind Council
www.vitamindcouncil.org

Vitamin D Deficiency Survivor
pandemicsurvivor.com

Fonte: http://www.revistakalunga.com.br/geral/doses-diarias-de-sol/#more-779

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13 Respostas to “Doses diárias de Sol – nos horários certos e com os devidos cuidados”

  1. Cristiane Rozicki Says:

    Luz solar e vitamina D para a saúde óssea e prevenção de doenças auto-imunes, cânceres e doenças cardiovasculares.

    Sunlight and vitamin D for bone health and prevention of autoimmune diseases, cancers, and cardiovascular disease.

    Holick MF.

    SourceDepartment of Medicine, Section of Endocrinology, Nutrition, and Diabetes, Vitamin D, Skin, and Bone Research Laboratory, Boston University Medical Center, Boston, MA 02118, USA. mfholick@bu.edu=
    Abstract
    PMID:15585788[PubMed – indexed for MEDLINE]
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15585788

    Luz solar e vitamina D para a saúde óssea e prevenção de doenças auto-imunes, cânceres e doenças cardiovasculares.
    Am J Clin Nutr. 2004 Dez; 80 (6 Supl): 1678S-88s.
    Holick MF.

    SourceDepartment de Medicina, Secção de Endocrinologia, Nutrição e Diabetes, vitamina D, pele e osso Research Laboratory, Boston University Medical Center, Boston, MA 02118, EUA. mfholick@bu.edu

    A maioria dos seres humanos depende da exposição ao sol para satisfazer suas necessidades de vitamina D. Os fótons solares ultravioletas B são absorvidas pelo 7-dehidrocolesterol na pele, levando a sua transformação em pré-vitamina D3, que é rapidamente convertido em vitamina D3.

    Temporada, latitude, hora do dia, a pigmentação da pele, envelhecimento, uso de filtro solar e vidro correspondem a toda a influência na produção cutânea de vitamina D3.
    Uma vez formada, a vitamina D3 é metabolizada no fígado em 25-hidroxivitamina D3 e, em seguida, no rim em sua forma biologicamente activa, 1,25-dihidroxivitamina D3.
    A deficiência de vitamina D é uma epidemia não reconhecida entre crianças e adultos nos Estados Unidos, embora exista. A deficiência de vitamina D não só provoca o raquitismo nas crianças, mas também precipita e agrava a osteoporose em adultos e provoca a osteomalácia dolorosa, uma doença óssea.
    A deficiência de vitamina D tem sido associada com o aumento dos riscos de cancro mortais, doença cardiovascular, esclerose múltipla, artrite reumatóide, e diabetes mellitus tipo 1. Manter as concentrações sanguíneas de 25-hidroxivitamina D acima de 80 nmol / L (aproximadamente 30 ng / mL), não só é importante para maximizar a absorção de cálcio intestinal, mas também pode ser importante para fornecer o extrarenal 1alfa-hidroxilase, que está presente na maioria dos tecidos para produzir 1 ,25-dihidroxivitamina D3.
    Embora a exposição excessiva crônica ao sol aumente o risco de câncer de pele melanoma, evitar toda a exposição directa ao sol aumenta o risco de deficiência de vitamina D, que pode ter consequências graves.
    Monitorização das concentrações séricas de 25-hidroxivitamina D anual deve ajudar a revelar deficiências de vitamina D. Exposição apreciável do sol (geralmente 5-10 minutos de exposição dos braços e pernas ou as mãos, braços e face, 2 ou 3 vezes por semana) e aumento da ingestão de vitamina D na dieta e suplementação são abordagens razoáveis para garantir a suficiência de vitamina D e prevenir doenças.
    PMID: 15585788 [PubMed – indexado para o MEDLINE]

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15585788

    Am J Clin Nutr. 2004 Dez; 80 (6 Supl): 1678S-88s.
    Luz solar e vitamina D para a saúde óssea e prevenção de doenças auto-imunes, cânceres e doenças cardiovasculares.

    Holick MF.
    SourceDepartment de Medicina, Secção de Endocrinologia, Nutrição e Diabetes, vitamina D, pele e osso Research Laboratory, Boston University Medical Center, Boston, MA 02118, EUA. mfholick@bu.edu

    PMID: 15585788 [PubMed – indexado para o MEDLINE]

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15585788

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    SUNLIGHT AND VITAMIN D FOR BONE HEALTH AND PREVENTION OF AUTOIMMUNE DISEASES, CANCERS, AND CARDIOVASCULAR DISEASE.

    Am J Clin Nutr. 2004 Dec;80(6 Suppl):1678S-88S.
    Holick MF.
    SourceDepartment of Medicine, Section of Endocrinology, Nutrition, and Diabetes, Vitamin D, Skin, and Bone Research Laboratory, Boston University Medical Center, Boston, MA 02118, USA. mfholick@bu.edu

    Abstract

    Most humans depend on sun exposure to satisfy their requirements for vitamin D. Solar ultraviolet B photons are absorbed by 7-dehydrocholesterol in the skin, leading to its transformation to previtamin D3, which is rapidly converted to vitamin D3. Season, latitude, time of day, skin pigmentation, aging, sunscreen use, and glass all influence the cutaneous production of vitamin D3.
    Once formed, vitamin D3 is metabolized in the liver to 25-hydroxyvitamin D3 and then in the kidney to its biologically active form, 1,25-dihydroxyvitamin D3. Vitamin D deficiency is an unrecognized epidemic among both children and adults in the United States.
    Vitamin D deficiency not only causes rickets among children but also precipitates and exacerbates osteoporosis among adults and causes the painful bone disease osteomalacia. Vitamin D deficiency has been associated with increased risks of deadly cancers, cardiovascular disease, multiple sclerosis, rheumatoid arthritis, and type 1 diabetes mellitus.
    Maintaining blood concentrations of 25-hydroxyvitamin D above 80 nmol/L (approximately 30 ng/mL) not only is important for maximizing intestinal calcium absorption but also may be important for providing the extrarenal 1alpha-hydroxylase that is present in most tissues to produce 1,25-dihydroxyvitamin D3.

    Although chronic excessive exposure to sunlight increases the risk of nonmelanoma skin cancer, the avoidance of all direct sun exposure increases the risk of vitamin D deficiency, which can have serious consequences. Monitoring serum 25-hydroxyvitamin D concentrations yearly should help reveal vitamin D deficiencies.
    Sensible sun exposure (usually 5-10 min of exposure of the arms and legs or the hands, arms, and face, 2 or 3 times per week) and increased dietary and supplemental vitamin D intakes are reasonable approaches to guarantee vitamin D sufficiency.

    PMID:15585788[PubMed – indexed for MEDLINE]
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15585788

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