Rede de tráfico de órgãos desmantelada no Kosovo

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acougue humano

 

 

 

 

 

 

Juízes europeus deslocados no Kosovo acusaram duas pessoas e emitiram mandados internacionais de captura contra duas outras, por transplante ilegal de órgãos, informou ontem a missão europeia de polícia e justiça, a Eulex, citada pela agência AFP.

Já em meados de Outubro haviam sido acusadas pelos mesmos delitos cinco outras pessoas, incluindo médicos e um antigo responsável do Ministério da Saúde.

Os media do Kosovo noticiaram que os doadores, pessoas muito pobres ou com grandes dificuldades económicas, originárias da Moldova, do Cazaquistão, da Rússia e da Turquia, eram aliciados a troco de promessas de 15 mil euros, enquanto os pacientes pagariam cerca de 100 mil euros pelo órgão e transplante. Uma acta de acusação, citada pela agência AP, é mais concreta e refere que a rede fazia “falsas promessas de pagamentos” de cerca de 14.500 euros por um rim e cobrava entre 110 mil euros e 137 mil euros pelo órgão e respectivo transplante.

Os já acusados são, segundo a Rádio Kosovo, cinco kosovares, um turco e um israelita. Um médico turco e um cidadão israelita serão os indivíduos que estão a ser procurados pela Interpol. A rede foi descoberta em Novembro de 2008, quando a polícia prendeu um israelita suspeito de ter negociado um transplante ilegal em Pristina. Nesse ano cerca de duas dezenas de doadores terão sido aliciados.

A Eulex está encarregada dos dossiers mais sensíveis em matéria criminal no Kosovo.

Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/rede-de-trafico-de-orgaos-desmantelada-no-kosovo-1465900

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Testemunha diz que participou de tráfico de órgãos na guerra de Kosovo

Kosovo position within Serbia

Kosovo position within Serbia (Photo credit: Wikipedia)

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A TV estatal sérvia (RTS) transmitiu nesta segunda-feira a entrevista com uma testemunha do tráfico de órgãos durante a guerra de Kosovo que afirma ter extraído o coração de uma vítima consciente e sem anestesia.

“Me deram um bisturi e ordenaram: ‘começa porque não temos muito tempo'”, revelou o homem, cuja voz foi distorcida pela emissora e que teria integrado a guerrilha de Kosovo.

“Coloquei minha mão esquerda sobre seu peito e comecei a cortar (…). O sangue jorrou e ele gritou pedindo para não ser mutilado, que não o matássemos”, disse a testemunha, com sotaque albanês.

“Ele perdeu a consciência. Não sei se desmaiou ou morreu, fiquei transtornado”, revelou a testemunha sobre a vítima, que “tinha cerca de vinte anos”.

CRIMES DE GUERRA

O promotor sérvio para crimes de guerra, Vladimir Vuckevic, disse no domingo que tinha uma testemunha –um ex-integrante da guerrilha do Kosovo– que sabe informações sobre o tráfico de órgãos extraídos de prisioneiros sérvios durante a guerra do Kosovo.

Segundo a testemunha, a cirurgia ocorreu em uma sala de aula, sobre três bancos colocados lado a lado para servir de mesa de operação. A vítima foi imobilizada por quatro guerrilheiros kosovares.

Na entrevista, a testemunha não revela onde ocorreu a operação, mas Vuckevic disse que a barbárie teve lugar no norte da Albânia, na zona de fronteira com Kosovo, “no final dos anos 90”.

A testemunha afirma que da operação participaram dois médicos, incluindo um encarregado de preservar o órgão retirado, e conta como um dos homens “arrancou o coração da caixa toráxica, ainda batendo”, após “secionarmos as artérias” da vítima.

O coração foi colocado em uma caixa térmica e levado imediatamente para o aeroporto de Tirana, onde os rebeldes foram recebidos por militares do Exército albanês. O órgão seguiu para o estrangeiro a bordo de um “pequeno avião particular” de matrícula turca, afirmou a testemunha.

As denúncias de tráfico de órgãos em Kosovo remontam a 2008 e fazem parte do relatório do parlamentar suíço Dick Marty, adotado em janeiro de 2011 pela Assembleia do Conselho da Europa.

O relatório cita os nomes de dirigentes da guerrilha kosovar, incluindo Hashim Thaçi, atual primeiro-ministro de Kosovo.

O premier Thaçi e as autoridades albanesas desmentem as acusações.

Fontes:

http://www.jornalfloripa.com.br/mundo/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=23500

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1151497-testemunha-diz-que-participou-de-trafico-de-orgaos-na-guerra-de-kosovo.shtml

http://www.band.com.br/noticias/mundo/noticia/?id=100000531986

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União Europeia vai investigar tráfico de órgãos durante conflito do Kosovo

Negar não é suficiente: criminosos costumam negar seus crimes. Investigar é necessário e, inclusive, como evoluiu o tráfico de órgãos a partir daqueles conflitos armados, quando dividiu-se tráfico de cocaína e tráfico de órgãos de forma organizada.

Celso Galli Coimbra
OABRS 11352

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Acusações surgiram em 2010 pelo Concelho da Europa. Primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, negou alegados crimes.
15-05-2012 16:01

A União Europeia (UE) foi autorizada a investigar acusações de tráfico de órgãos durante o conflito do Kosovo em 1999. Soldados albaneses e kosovares são acusados de venderem órgãos de presos sérvios.

Na última quinta-feira, dia 10 de Maio, o Parlamento da Albânia aceitou dar independência às investigações da UE (SITF) com 127 votos a favor em 140. As acusações dos alegados crimes surgiram em 2010 contra combatentes do Kosovo pelo Concelho da Europa.

Face às declarações, o primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, negou todas as atrocidades cometidas pelos soldados do país.

A administração das Nações Unidas (ONU) tomou posse do Kosovo e declarou oficialmente a independência da Sérvia em 2008.

Trafic d’organes au Kosovo: ouverture du procès

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Le 4 octobre 2011, la Mission européenne de justice au Kosovo (Eulex) a annoncé la comparution au tribunal de sept personnes, en majorité médecins, accusées d’avoir pris part à un trafic d’organes et à des transplantations illégales dans la clinique Medicus de Pristina (Cf. Synthèse de presse du16/06/11 et du 05/09/11). L’établissement en question a été fermé en 2008, suite à une enquête policière.

Les victimes de ce trafic viendraient de l’Europe orientale et de l’Asie centrale. Ils se voyaient promettre 15.000 €, tandis que les receveurs, ressortissants israéliens, déboursaient jusqu’à 100.000 €.

Parmi les sept accusés figurent l’ancien secrétaire kosovar de la Santé, Ilir Rrecaj, soupçonné d’avoir fourni la licence à la clinique, ainsi que Lufti Dervishi, urologue de renom qui aurait mis en oeuvre les activités de transplantations. Le Dr Yusuf Sönmez, médecin turc surnommé le “Dr Franckenstein“, est également mis en cause dans l’affaire.

Le parlementaire suisse Dick Marty avait établi un parallèle entre cette affaire et un trafic d’organes présumé, perpétré par les maquisards kosovars en Albanie, pendant la guerre contre Belgrade à la fin des années 90. Il avait remis un  rapport sur la question au Conseil de l’Europe en décembre 2010 (Cf. Synthèse de presse du 16/12/10). Cette dernière affaire impliquerait Hashim Thaci, l’actuel Premier Ministre du Kosovo. Si celui-ci a démenti les accusations portées dans le rapport Marty, Eulex a nommé un procureur américain pour enquêter sur ces accusations.

AFP 06/10/11

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